Os velhos tempos se foram. Para
prosperar, a expansão faz-se necessária. Junte suas forças e mande-as aos
horizontes, buscar novas pastagens, descobrir novas montanhas, desbravar novas
florestas, para nos fortalecer, para conquistar. Prepare-se, pois Tiny Epic
Kingdoms Tá na Mesa!
Tiny Epic Kingdoms é um jogo
que saiu em 2014 no Kickstart, criado por Scott Almes, para dois a cinco jogadores, com duração de 30
minutos. É um jogo pequeno em tamanho, mas grande em diversão. Nele, os
jogadores representam monarcas de pequenos reinos, no comando de uma facção,
que deve expandir seus domínios, coletando materiais para tal feito. São muitas
facções disponíveis em jogo, desde os onipresentes Humanos e as principais
raças da fantasia medieval, como Anões e Elfos, até algumas que já estão
ficando tradicionais em jogos atualmente, como os Mortos Vivos e Goblins e
outros bem exóticos as Valkiryes e os Sharpeshifts.
Tiny Epic é simples e rápido. Cada
jogador começa com uma cartela de território, dois exércitos e seis recursos
(escolhidos entre Mana, Minério e Comida) de provisão. Em seu turno, escolha uma
ação disponível. Todos podem realizar a ação escolhida ou podem coletar
recursos. (Nota da Sra. Slovic: Essa mecânica de escolher ação é muito parecida
com Puerto Rico, deixando o jogo bem estratégico). O tipo de recurso coletado
depende do terreno em que seus exércitos estão: Mana para florestas, Minério
para montanha e Comida para campos. São seis ações possíveis e até a quinta ser
escolhida, não se pode repetir nenhuma.
- Que joguinho mais meia boca.
Tiny é pequeno, que eu sei.
Tiny é o tamanho do seu cérebro. O
jogo pode até ser pequeno no tamanho, mas a diversão é enorme. O jogo foi
projetado para ser facilmente transportado (por isso é pequeno) e de rápida
duração. Suas regras são simples, como já dissemos, e por isso o jogo é
dinâmico. Mesmo em cinco jogadores, mal você pisca e já é sua vez de jogar
novamente, por isso tem que tomar cuidado e, além de já pensar no que fazer,
observar com cuidado o que os adversários estão fazendo, pois é muito fácil
perder.
O jogo chega ao seu último turno
em quando uma facção cumpre umas dessas três condições: termina de construir a
torre (com a ação de Construir), chega ao quinto nível de magia (através de
Pesquisa) ou o sétimo exército entra em jogo (através de Expansão). Cada uma
dessas ações custa um recurso diferente e seu valor vai aumentando
gradativamente. Então, uma estratégia é focar na produção de um determinado
recurso, mas cuidado com a guerra.
Quando duas facções entram no
mesmo território, pode ou não, acabar em conflito. Os jogadores devem decidir
se vão atacar ou ficar em paz, porém só se descobre a intensão do outro no
momento da batalha. Para isso usa-se D12 (Nota do Sr. Slovic: Dado com doze
lados, também conhecido como dodecaedro ou dado para jogar Pokechtulhu). Cada
jogador escolhe em segredo o poder de ataque de seu exército, que pode variar
de onze a zero, sendo esse o pedido de paz. Cada valor em poder de ataque tem
custo em minério e mana. Quem tiver mais ataque, vence. Se os dois escolherem a
paz, cria-se uma aliança e a partir dai, as duas facções podem compartilhar o
mesmo território, até que uma decida pela guerra.
- Então eu posso falar que quero
fazer aliança e enganar todo mundo? Sou invencível!
Sim, Maquiavel simplório. Tiny
Epic, além de ser um jogo de construção de civilizações (como Civilization), é
um jogo de blefe também (como The Resistence e Bang!). Você pode até tentar e
enganar um ou outro, mas logo todos vão perceber sua estratégia e fazer uma
aliança contra você. O bom do jogo é que não há a mecânica de Eliminação de
Jogador. O último exército de cada facção não pode atacar ou ser atacada.
No geral, com o perdão do trocadilho, Tiny Epic Kingdons é um grande jogo épico. Reinos irão prosperar e declinar em curtíssimo tempo. A rejogabilidade é fantástica (Nota da Sra. Slovic: Procure nossa explicação de rejogabilidade em outras resenhas como Terra Mystica). Cada facção é diferente e cada evolução em Magia traz novas oportunidades e estratégias. Algumas buscam a guerra, outras prosperam com a paz. Enquanto alguns querem construir outras não sabem o que querem.
Por hoje terminamos. Visitem nossa página no Facebook (sempre com novidades) e até o próximo Tá na Mesa!