The Resistence Tá na Mesa!



Cuidado. Olhe em volta e veja se não há algum espião por perto. Estas informações são altamente sigilosas e somente pessoal autorizado pode ler esta mensagem. Liguem seus desconfiômetro ao máximo. Hoje tem cheiro de paranoia no ar, pois The Resistence Tá na Mesa!


Os jogadores são membros efetivos e valorosos da Resistência, uma organização que pretende derrubar um governo tirânico, porém entre seus membros há espiões colocados pelo Governo para trair e sabotar os esforços da Resistência. The Resistense é um jogo de dedução, para cinco a dez jogadores, lançado em 2009 pela Edge Entertainmente e em 2014 pala Galápagos (Nota do Sr. Slovic: com bônus, a versão brazuca da Galápagos já vem com DUAS expansões)



 - Jogo de dedução? Isso tem cara de Detetive!

E não é que você está (parcialmente certo), Bastardo do Coronel Mostarda na Salão de Jogos! Em The Resistence os jogadores devem forjar alianças e deduzir quem faz parte da Resistência e quem são os traidores. É um jogo onde a lábia e o raciocínio valem mais que a sorte e a estratégia (principalmente porque não há sorte). Fique de olho em seu companheiro: ele pode não ser quem você pensa!





O jogo se passa em reuniões da Resistência para escolher quem vai realizar missões para derrubar o Governo. O Líder da missão escolhe alguns jogadores para realizar a tarefa. Depois o grupo discute se aceita que os escolhidos realizam a missão e vota. Se aprovado, os jogadores escolhidos partem para a missão. Se não, outro líder indica novos membros. Quando um grupo parte para a missão, ela pode ser bem sucedida ou um fracasso completo. Com três missões completadas, a Resistência ganha. Com três missões sabotadas, os espiões ganham.

- Ora, então é só não escolher nenhum espião que a gente ganha. Eita, jogo mais besta!

Calma lá, pessoa carente de massa cinzenta! Claro que desse jeito parece simples. O problema (que na verdade é a graça do jogo) é que ninguém sabe quem são os espiões, só eles mesmos. Tudo é feito no maior sigilo. No início do jogo os papeis (Espiões e Resistência) são sorteados. Depois todos fecham os olhos e só os espiões podem abrir para se reconhecer. E antes que alguém pergunte, sim, o membro da Resistência pode abrir o olho nessa hora, porém os espiões sabem em quantos eles são, por isso se houver um bisbilhoteiro nessa hora, será facilmente descoberto e, se continuar a ter esse comportamento, com certeza será expulso do jogo (ou até mesmo do grupo, o que será um ótimo castigo).

Os jogadores escolhidos para a missão recebem duas fichas (sucesso e fracasso) e, em segredo escolhe o resultado da missão. Se todos decidirem por sucesso, ponto da Resistência, mas se houver um único fracasso, a missão foi sabotada e o ponto vai para os espiões. Neste ponto, inicia-se a paranoia. Quem votou contra? Quem sabotou? O líder sabia que do infiltrado? Ou ele mesmo é o espião?

- Mas se os espiões sabem quem eles são, eles sempre vão se escolher e ganhar fácil. Jogo bobo!

Não, membro expulso do Scooby Doo! São poucos os espiões. Dependendo do número de jogadores, só há dois ou três. Minoria total. E quando alguém desconfia que há um espião na missão, pode votar contra (e convencer os outros a fazerem o mesmo). Se a maioria não aprovar o grupo, a liderança passa para outro jogador e novos membros serão escolhidos.

No geral, The Resistence é um ótimo party gama e um ótimo destruidor de amizades e relacionamentos (sério!). A desconfiança é geral e extravasa. Amizades de longa data e casamentos desabam feito castelo de areia. (Nota da Sra Slovic: Brincadeira gente! Lógico que pessoas adultas conseguem separar a vida real do jogo e os relacionamentos baseados na confiança e no amor não são destruídos por um simples jogo. Bom, não deveriam).

Voltando, The Resistence é um jogo de artimanhas, intrigas e discussões (sadias). Perfeito para mostrar aquele seu primo ou amigo bom de lábia que ainda não conhece o mundo dos boardgames, mas péssimo para futuros pretendentes (Nota da Sra slovic: Você não vai querer acusar sua paquera de traição logo no primeiro encontro).




Bom, chegou a hora que o casal mais gamer deste lado de cá se despede. Até a próxima com mais um Tá na Mesa!





Além do jogo base, em 2012 foi lançado The Resistence: Avalon, que coloca o jogo em uma ambientação dos tempos do Rei Arthur. Houve algumas alterações nas mecânicas que deixa o jogo mais elegante e em vez de agentes, os jogadores encarnam nobres cavaleiros da Távola Redonda e outros papeis não tão nobres assim. (Nota do Sr Slovic: Mas como não jogamos, fica para outro Tá na Mesa a resenha deste jogo).


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