Dogs é um jogo 100% brasileiro, criado pelo mestre Marcos Macri e produzido pela MS Jogos em 2013. O jogo é um fantástico euro genuinamente nacional, onde os jogadores fazem a vez de donos de canis, com o objetivo de torná-lo o melhor da cidade.
Para dois a quatro participantes, com duração em média 60 min, Dogs deixa no chinelo muitos jogos internacionais badalados. A arte pode até parecer infantil, mas esconde um jogo bem estruturado de administração de recursos e de coleção de componentes. O jogador deve cuidar da logística de materiais (combustível, ração gasolina e dinheiro), fazendo o jogo ser complexo na medida certa.
- Achei pelo nome que o jogo era gringo. Coisa nacional não presta!
Who let dogs out? Easy, baba ovo do Michael Jackson. Dogs não deve nada a nenhum euro importado. A mecânica foi muito bem encaixada do contexto, nada parece ser forçado. O jogo é dividido em três fases. Na primeira os jogadores dirigem pela cidade em busca dos cães abandonados, sendo que alguns são perdidos e rendem uma recompensa pelo resgate.

- Que complexo! Não entendi nada
Senta! Deita! Rola! Pata! Bad boy... Não consegue fazer nada direito! Como dissemos, não se deixe enganar pela capa. Dogs é um jogo completo e de regras simples. Em um ou dois turnos todos já pegaram o espirito do jogo. Além de saber bem administrar seus recursos, saber escolher o animal a ser capturado na Fase 1 é importante, já que em cada baia só cabem quatro bichos e há regras sobre colocação de raças diferentes. Conseguir uma baia com membros de uma única raça é um passo enorme para a vitória.
O problema do jogo é que poucos o tem. Foram lançadas somente 200 cópias do jogo (E nós temos uma!!!!) em sua primeira edição, assim como os outros jogos que o Macri da editora MSJogos: Gran Circo, OVINI, Viagem no Tempo e Shazam (aguardem um Tá na Mesa em breve sobre todos esses jogos!. A boa notícia é que está para sair uma 2º edição, com mais 200 cópias, por isso, corra para pegar o seu!
No geral, Dogs é um jogo ótimo, com uma temática que ajuda a trazer para jogadores novos para o o mundo dos boardgames modernos. Sua complexidade mediana faz dele um bom jogo em família, com a chance de ser o primeiro euro da garotada. Mas como já dissemos, não se deixe enganar. A arte é infantilizada, mas esconde um jogo complexo. (Nota do Sr. Slovic: Eu mesmo me deixei enganar pela arte. Quando comprei, esperava um jogo simplório, mas fui totalmente surpreendido. Parabéns, Macri!)
Esperamos que tenham curtido. Os Slovic, o casal mais gamer deste lado de cá se despede. Até o próximo Tá na Mesa!