Salve, aventureiros. Depois de um período sabático, voltamos as pelejas. Vocês tiveram um bom tempo para descansar e se preparar para esta demanda? Então vamos, pois hoje temos um tempero nacional muito especial: Masmorra de Dados Tá na Mesa!
Masmorra de Dados é um jogo nacional, criado pelo trio Daniel Alves, Eurico Cunha Neto e Patrick Matheus, lançado agora no fim do ano pela Histeria Games e Taberna do Dragão. Para quem ficou os últimos meses presos nas masmorras da vida e não soube, Masmorra foi o maior (repedindo: MAIOR!) sucesso em Financiamento Coletivo até hoje no Brasil, ultrapassando em mais de 200% sua meta inicial.
Masmorra de Dados (MdD) é um jogo de exploração, onde corajosos aventureiros devem desbravar catacumbas e locais sombrios atrás de tesouros e, principalmente, XP.
- XP, que droga é essa?
Não sabe, titica de Kobold? XP é uma gíria advinda do RPG que significa Experiência. O objetivo de Masmorra é ganhar o máximo de XP enfrentando monstros, desarmando armadilhas, explorando o local, ganhando tesouros e sacaneando seus adversários. Uma das grandes sacadas do jogo é que, em vez de usar tokens ou miniaturas, tudo, desde os personagens até os monstros, é representado por dados, por isso o nome do jogo. E haja dado. São muitos, mas muitos mesmo.
Para quem é fã de RPG, principalmente no estilo D&D, vai se deliciar com os personagens. Todas as classes icônicas estão presentes: Guerreiros, Magos, Clérigos e Ladinos, além de Paladinos, Monges, Bardos, Druidas, Bárbaros e Rastreadores (Nota do Sr. Slovic: em bom jargão D&D, Ranger!). Não faltou nenhuma classe básica do D&D 3* Edição!
- Odeio RPG! E tem que representar nisso ai também? Coisa de baitola! Como se joga?
Calma lá, rascunho rejeitado do rascunho mal feito do Sr. Spacely (nota da Sra. Slovic: Essa referência só os mais fortes entenderão!). Não há o elemento de representar (o bom e velho roleplay). Como o nome já diz, o jogo é para rolar dados e mais dados! Sim, são muitos dados! A mecânica é muito parecida com King of Tokyo: Cada jogador, em seu turno, deve rolar seis dados, podendo rerrolar cada mais duas vezes. Cada símbolo é uma ação diferente: Bota para explorar, Espada e Arco para atacar, Escudo para se defender, Báculo para cura e Livro para magia, que serve como um curinga. No inicio de seu turno, o aventureiro deve rolar seus dados e resolvê-los.
Há três modos de jogo: Competitivo (de dois a cinco jogadores), Cooperativo e Solo. As regras quase não mudam de um modo para outro, só pequenos detalhes.
O nome dos personagens é um, caso a parte. Quem está a algum tempo nessa vida de gamer vai reconhecer todas as referencias, mas como somos legais, vamos dar algumas dicas, como a da clériga Joana Carcassonne, do monge Pandamic Hanabi, dos bardos Leovis Puerto Rico e Lotus Deepwater, do Rastreador Dixxit Twilight e do mago Arkhan, o Obscuro. (nota do Sr. Slovic: acho que até nosso amiguinho entendeu nesse, né?)
- Entendeu o que?
Respira fundo... Bom, voltando, cada personagem tem sua ficha e já inicia com uma habilidade especial. Conforme ganha XP, ganha outras habilidades (ao todo são quatro). Há também as cartas de tesouro, que concede vantagens. Elas são ganham quando se derrota monstros ou podem ser compradas por cinco moedas.
Agora falando sobre a qualidade dos componentes, temos duas opiniões antagônicas: são de qualidade, mas são defeituosos. Como assim, vocês devem estar se perguntando. Veja bem, todos os componentes (dados, fichas, cartas, titles, moedas) foram feitos com material de qualidade, a caixa, por exemplo, é bonita e sua gramatura é digna da Fantasy Flight, mas em quase tudo há mais rebarbas do que poderia, alguns dados estão borrados ou descascando e falta uma parte do manual. Enfim, parece que tudo foi feito na correira, para ser entregue no prazo. Um pouco mais de capricho deixaria o jogo supimpa!
No geral, Masmorra de Dados foi grande lançamento nacional de 2014. Um jogo muito bem construído, divertido e dinâmico. As regras são simples de entender. A partida dura, em média, quinze minutos por jogador. Se você não foi um dos sortudos que participaram do Financiamento (Nota do Sr. Slovic: Pode procurar meu nome lá!), só resta esperar.
Bom, esperamos que tenham gostado do primeiro Tá na Mesa do ano. Sei que esse mês que ficamos afastados foi longo e vocês sentiram saudades, mas os espertos nos acompanharam pelo Facebook! Corre para lá você também e curta nossa página! Até o próximo Tá na Mesa!