Carcassonne Tá na Mesa!

Salve, pessoal. Está é a mais nova coluna do blog: Tá na Mesa! Eu, Sam Slovic e minha esposa, Pipa Slovic seremos os responsáveis por trazer uma análise de jogos já lançados, desde os mais recentes lançamentos até os mais obscuros clássicos.

Hoje traremos a mesa um ótimo jogo: Carcassonne!

Lançado originalmente em 2000 (2013 no Brasil), Carcassonne (ou Domínio de Carcassonne, não sei por que a Grow fez isso!!!) é um jogo simples, rápido e bom. De dois a cinco jogadores, uma partida dura em média 45 minutos.


- E como se joga?

O jogo é composto por várias cartelas de terrenos (na verdade, 72), que representam Estradas, Campos e Cidades. Uma, a inicial, já fica no centro da mesa e a partir dela o mosaico é formado. Cada jogador começa com oito peças, chamadas de seguidores. A cada turno ele deve comprar uma cartela de terreno e colocar na mesa. E aqui está a graça do jogo... É obrigatório pôr a carta na mesa, mesmo que a jogada não te favoreça.

- Mas como assim?

Simples. Ao posicionar a cartela na mesa, deve seguir duas regras. Primeira: Pelos menos um dos lados da cartela deve encostar na outra que já está na mesa. Segunda: Estradas só podem ser colocadas ao lado de estradas, cidades com cidades e campos com campos. Ou seja, uma estrada não pode terminar repentinamente em um campo, por exemplo.

Depois, o jogador pode colocar um de seus seguidores na cartela que acabou de jogar e somente nela. Se o seguidor for posto em uma cidade, ele se torna um Cavaleiro. Já numa estrada, um Ladrão. E no campo, um Fazendeiro. Há também o Monge, que é o seguidor colocado em um monastério, que são cartelas cercadas por campos por todos os lados, ou cercada de campos e estradas.

E o motivo dessas denominações é que só pode haver um Cavaleiro, Ladrão e Fazendeiro em seu respectivo lugar. Já havendo um Cavaleiro do jogador vermelho em uma cidade, o jogador azul não pode por outro. Por isso, não raramente, a cartela de terreno que se pegou na pilha pode não servir para você, mas pode ser decisiva para seu adversário, e como você é obrigado a coloca-la na mesa... Que comesse a negociação! Sabe, uma mão lava a outra, certo? Na vez do seu adversário pode sair aquele terreno perfeito e se você já o ajudou uma vez, pode ser que haja retribuição.

Nota: Não existem regras de negociação no jogo, não oficialmente. Mas depois de tantas e tantas partidas, podemos dizer com certeza: Isso vai acontecer!

- E como se ganha?

Lembre-se o importante é competir, mas é bom ganhar! E para ganhar em Carcassonne é necessários acumular mais Pontos, que se ganha concluindo as Estradas, Cidades e Monastérios. Uma cidade ou estrada é concluída quando não for mais possível colocar outra cartela de terreno. Quanto maior a estrada/estrada, mais pontos. E um monastério é concluído quando é cercado por oito cartelas de terreno. Se houver Cavaleiros/Ladrões de vários jogadores em uma mesma cidade/estrada concluída, ganha os pontos que tiver mais seguidores no local. Sim, é possível isso acontecer, pois duas ou mais cidades/estradas podem, como o colocar das cartelas de terreno, tornarem-se uma só.

Quando uma estrutura é concluída, todos os seguidores voltam para as mãos de seus jogadores, portanto, cuidado! Eles só voltam para sua mão desta forma, então, use-os sabiamente para não ficar sem nenhum!
O jogo termina quando a última cartela de terreno for colocada na mesa. Contam-se os Pontos dos Campos (que dependem do número de cidades concluídas) e das demais estruturas abertas (que passam a valer menos) e quem tiver mais pontos vence.

Por já ter alguns anos (catorze, para ser mais exato), Carcassonne conta com um grande numero de expansões (nenhuma traduzida até agora) que mudam algumas regras (falaremos das expansões em outro Tá na Mesa!).

No geral, é um jogo leve. Um ótimo jogo de entrada para que nunca jogou outros Boardgames. As regras são simples (na terceira rodada todos já estarão entendendo sua dinâmica) e totalmente independente de idioma.


Carcassone pode ser considerado uma evolução do jogo de dominó e a criançada se dá muito bem com ele! Não depende de estratégia (embora você queira sempre ter uma grande cidade/estrada, ou fechá-la para ganhar os pontos) pois você nunca sabe qual peça vai tirar. É um jogo gostoso e fácil que pode ser jogado até mesmo às 4 da manhã, ao final de uma maratona de jogos quando os participantes já quase não mais raciocinam. E é um dos boardgames que nunca têm partida única: todos sempre pedem mais uma!

P.S: Com bom historiador que é, o Sr. Slovic não poderia deixar de lado essa curiosidade. Carcassonne é o nome de uma cidade real, construída no tempos dos Romanos. Fica na sul da França e é conhecida por suas muralhas. Fato curioso é um alemão usar como inspiração uma cidade francesa para criar seu belo jogo. Nosso parabéns a Klaus-Jürgen Wrede.






Bom, pessoal, Carcassonne é um dos nosso jogos favoritos. Sempre que fazemos jogatinas em casa, ele está na mesa. Espero te tenham gostado da nossa coluna de estreia. Tá na Mesa volta semana que vem com mais um delicioso boardgame.






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