Salve, pessoas! Hoje, em nossa coluna semanal, uma
saborosa iguaria nipônica: King of Tokyo Está na Mesa!
King of Tokyo (KoT) é um jogo simples, porém, muito
divertido. Para dois a seis jogadores (com as expansões, até nove), com a incrível duração de 20 min!,
Criado por Richard Garfield (sim pessoas, o mesmo criador de Magic: the Gathering),
foi lançado em 2011 e ganhou vários prêmio de melhor Party Game e Family Game (Atualização da Sra. Slovic: A Galápagos já lançou o KoT em português!!!!)
- E como se joga? Temos que pisar no tabuleiro
para destruir a cidade?
Calma, Padawan! Ninguém vai pisar em nada (pelo
menos não deveria, pode estragar o jogo. Ouça a voz do XP...). King of Tokyo
usa dados de seis lados (os famosos D6) para determinar as ações dos monstros.
O tabuleiro não poderia ser mais simples: há um
espaço que representa a Cidade de Tóquio e só! (Para quatro ou mais jogadores,
há outro espaço, a Baía de Tóquio, que serve para a mesma coisa). Somente um
monstro pode atacar a cidade por vez (ok, com mais de quatro, podem ter dois, mas
repito, as regras não mudam nada).
- E como é?
Em seu turno, cada jogador joga seis dados.
Pode-se re-rolar mais duas vezes quantos dados o jogador quiser. Os dados
mostram os seis seguintes símbolos: 1, 2 ou 3 que são pontos de Glória, Raio, Coração e
Pata. Cada trinca de números lhe dá aquele valor em Estrelas. Cada Raio te dá
um de energia, que serve para comprar cartas de poder. Cada Coração recupera um
ponto de vida. E cada Pata dá um de dano nos seus oponentes: quem estiver fora
do Tóquio desce porrada em quem está dentro e quem estiver dentro, desce o
sarrafo em todos que estiverem fora!
Por exemplo, o Kraken consegue a seguinte jogada:
1, Pata, Pata, Pata, Pata e Pata. O 1 não forma nenhuma trinca, então é
descartado. As 5 Patas significam que, estando fora de Tóquio, você dará cinco
de dano em quem estiver lá dentro. Estando dentro, menos cinco corações em
TODOS os jogadores! Sim, o dano não é dividido. Todo mundo toma bordoada.
Estar em Tóquio é muito vantajoso, além de
bater em todos fora, cada rodada você ganha mais Glória. A desvantagem de estar
em Tóquio é que não se pode curar e que todo mundo que estiver fora vai bater
somente em você. C'est la vie! (Nota
do Sr. Slovic: apesar do criador ser o Mr. Garfield, o jogo é francês!).
- Posso ser o Cthulhu? E o Vader?
O jogo base vem com seis monstros: The King,
Kraken, Allienoide, Cyberbunny, Gigassaur e Mekadragon. Percebe-se que (quase)
todos os estereótipos de monstros estão presentes.
- E o que eles têm de diferente?
O nome!
Calma... O que deixa seu monstro diferente dos
demais são as Cartas de Poder, se que compra com Energia. No jogo base, todos
os monstros são iguais (nota histórica do Sr. Slovic: assim como no sistema
comunista). Mas, nas expansões (são duas por enquanto: Power Up! e Halloween),
há cartas de evolução próprias para cada monstro, além de monstros novos:
Pandakai, Pumpkin Jack e Boogey Woogey (Nota da Sra. Slovic: Esses últimos dois
são monstros tipicamente americanos e não japoneses. Alguns podem até achar que tiram o clima do jogo, mas a diversão é a mesma).
As cartas de poder fazem você entrar no clima. Há dois tipos de cartas: as permanentes (que normalmente são poderes como crescimento, raio de calor ou duas cabeças) que ficam com você até o fim da partida e as instantâneas (que tem efeito imediato e só podem ser usados uma vez, como ganhar de pontos de glória ou um ataque a todos).
A Sra. Slovic, certa vez, entrou no clima japonês e fez um ataque kamikaze. Usou uma carta que tirava vários pontos de vida de todos os jogadores da mesa, inclusive dela, fazendo um harakiri. Sobraram só dois monstros vivos, numa mesa de oito jogadores: foi um dos momentos mais divertidos e empolgantes, pois a mesa se dividiu entre os dois sobreviventes e houve torcida fervorosa!
No geral, King of Tokyo é um ótimo jogo, leve e
fácil de jogar e ensinar. Infelizmente, não existe previsão para o lançamento em português, não que atrapalhe o andamento do jogo, mas para os não conhecedores da língua nativa de Tolkien (não, estou falando do inglês e não de Quenya) ou do Dumas, um dicionário por perto resolve tudo, nada muito complicado. Como o
fator sorte é alto, é impossível prever suas jogadas, então a estratégia fica um pouco prejudicada. Dê preferencia para jogar
com muitos jogadores. Quanto mais, melhor. A criançada também pega rápido a
mecânica. Garantias de muitas e muitas risadas. Sempre que tem jogo em casa,
King of Tokyo Está na Mesa!