Rolando D10 Com Cristiano Cuty!

A Copag não me respondeu a tempo, porem como falamos do Nosferatu resolvi fazer uma entrevista com Cristiano Cuty da Editora Conclave. Confira.



JQJ - Porque a Conclave escolheu o Nosferatu pra comprar os direitos?

O Nosferatu nos foi oferecido por um agente Alemão, de uma fábrica de boardgames. Inicialmente, tínhamos poucos subsídios para avaliar o jogo, mas tão logo pesquisamos a respeito, percebemos que era uma excelente pedida. Quando recebemos os exemplares da Grosso Modo, tivemos certeza de que o Nosferatu seria um sucesso. Não há uma pessoa que tenha jogado e não tenha se amarrado no jogo.

JQJ - Se comprou os direitos o jogo seria lançado com ou sem Catarse, certo?

Certo e incerto! :) Nosso acordo com a editora francesa envolvia a produção do jogo através do financiamento coletivo. Então, o pessoal da Grosso Modo não só está ciente da produção por financiamento coletivo, como também apoia a iniciativa, que é uma excelente forma de divulgação do jogo. De qualquer modo, independentemente do resultado do Catarse, estávamos dispostos a investir no jogo, pois temos certeza do sucesso dele.

JQJ - Mesmo o Catarse tirando mais 10% do valor ainda é viável pra uma editora que já tem uma estrutura? 

Na verdade o Catarse come 13% do valor arrecadado. É uma fatia considerável e representa muito num projeto. A viabilidade dele está na possibilidade de divulgação e de envolvimento do público com o projeto. Um financiamento coletivo bem feito envolve as pessoas e agrega valor ao produto. Além disso, as metas estendidas nos permitem criar acessórios muito interessantes para os jogos, algo que seria inviável ou, no mínimo, complicado numa pré-venda convencional. E tenha em mente o seguinte, o financiamento coletivo é o ponta-pé inicial para o lançamento do produto. Ou seja, o investimento, pelo menos em parte, do valor necessário. E isso é muito representativo para qualquer empresa!

JQJ - E Porque esse valor de R$ 15,000,00?

Na verdade esse valor é parte do necessário para a produção do jogo. Sabemos que teremos que investir uma parte do valor e por isso definimos a meta inicial em um número que vai ser bastante representativo, mas que não é 100% do valor necessário. Nossa expectativa é superar essa meta, para poder produzir o jogo com mais tranquilidade.

JQJ - O financiamento está saindo como a Conclave esperava?

Sabemos que muitas pessoas gostam de deixar para a última hora para financiar um projeto e que muitos esperam o projeto ter alcançado a meta inicial para só então investir. Tomando isso por base, está dentro do esperado.

JQJ - Como que o público tem recebido jogo?

Como comentei anteriormente, não há um só lugar em que tenhamos apresentado o jogo e o público não tenha gostado. TODOS, sem exceção, adoram o Nosferatu e pedem bis. Em eventos o Nosferatu tem permanecido durante todo o tempo na mesa de jogo, com fila para jogar! As pessoas ficam impressionadas como um jogo tão divertido e dinâmico cabe numa caixinha tão pequena. 
Basta ver comentários como os de Marcelo Groo e Fel Barros, que são especialistas na área para saber que o jogo é sensacional.
Como eu disse anteriormente: temos certeza de que o Nosferatu é sucesso garantido!

JQJ - Nos fale um pouco sobre os projetos futuros da Conclave!

Vou dividir a resposta em temas:
Jogos de Tabuleiro: até o final do ano teremos Dominion disponível para o público brasileiro. Em seguida, as expansões do Dominion! Além do dele, temos algumas licenças internacionais em andamento, e dois projetos brasileiros sendo finalizados.
RPG: o Crônicas RPG está previsto para novembro. É o RPG que vai marcar uma mudança editorial na Conclave, em que passaremos a adotar o sistema do Crônicas como o nosso sistema padrão para jogos medievais.
Literatura: os livros Contos Nórdicos vol. 2 e Na Trilha dos Mortos vol. 2 estão em andamento. E temos outras opções na área de literatura sendo avaliadas.

JQJ - Hoje pra uma editora vale apena ela pegar os direitos lá fora ou investir na ideias daqui? Até porque o pessoal reclama que a mão de obra e qualidade no 
Brasil é complicada, como lidar com isso?

Estamos experimentando as duas faces da moeda. O Midgard, à exceção dos meeples, foi todo produzido no Brasil e agradou ao público. No entanto, tivemos que fazer a montagem dos jogos manualmente. Com o crescimento do mercado, há gráficas brasileiras que estão se especializando na produção de boardgames e creio que em breve teremos o padrão internacional por aqui e poderemos produzir todos os jogos aqui sem medo.
No caso de jogos como o Dominion e o Nosferatu, estamos realizando em co-produção com editoras internacionais e isso nos obriga a produzir os jogos lá fora. Especificamente no Dominion, nossa opção por fazer na Alemanha é para garantir que o jogo será idêntico aos exemplares estrangeiros e, por conseguinte, totalmente compatível com eles.

JQJ - Como a Conclave vê o mercado Brasileiro hoje?

É um mercado em franco crescimento. O público está crescendo, as editoras estão crescendo e novas editoras estão aparecendo. Agora é trabalhar para que o mercado mantenha essa linha de crescimento e se sustente. Acredite, ainda tem muita coisa legal por vir!

JQJ - A Conclave poderia dar umas dicas pra iniciantes ou aqueles que tem projetos parados?

A Conclave quer investir em criações nacionais. Queremos continuar trazendo produtos estrangeiros, mas temos como meta fomentar o mercado brasileiro e investir na criação dos designers daqui. Então, ideias boas e bons projetos são bem-vindos! Aqueles que tiverem interesse em publicar com a Conclave devem mandar um mail para editora@conclaveweb.com.br.

Eu agradeço a entrevista e desejo sucesso ao blog! Parabéns pela iniciativa!

Muitas novidades galerinha! Agora que você conhece mais a Conclave vá e apoie o financiamento coletivos deles só clicar no vampirão ali ao lado e ser feliz!

E amanhã quem curte Descent vai ter mais informações sobre o jogo com o nosso colunista.

Abraços
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