A noite estava mais escura que o
normal. Vento batia forte nas janelas de madeira. Trovões ameaçavam quebrar os
vidros. A tormenta se avizinha! Sombras se faziam de assustadoras e ruídos
inexistentes eram ouvidos. Todos estavam assustados com a hora de dormir, mas
sabiam que uma boa história dissiparia o medo e então puderam relaxar, pois
Mice & Mystics Tá na Mesa!
Mice & Mystics (ou M&M)
foi lançado em 2012 por Jerry Hawthorne e já possui duas expansões (Heart of
Glorm e Downwood Tales) e, o melhor, uma versão em português pela Galápagos. É
um jogo cooperativo de um a quatro participantes, estilo Dungeon Crawl (Nota do
Sr. Slovic: Em bom português, Exploração de Masmorras, jogo onde miniaturas
representando os jogadores e os adversários andam pelo tabuleiro, que
representa os cenários), mas com um grande diferencial: além de explorar os
ambientes e derrotar poderosos inimigos, M&M é um jogo de narração de
histórias.
- Tipo conto de fadas? Era uma vez
um jogo chato e blá, blá, blá...
Ei, cria rejeitada da Bruxa do
Oeste, Mice & Mystics é sim um conto de fadas e mais ainda, é quase um RPG.
Um belíssimo jogo de exploração, mas onde a história é parte importante. Sim,
você pode só andar-matar-conquistar, mas a experiência é outra prestando
atenção à narração contada. No jogo base há um livro com onze aventuras
prontas, que podem ser jogadas de forma avulsas, mas que formam uma campanha
coesa e magnífica, onde os jogadores fazem o papel de heróis transformados em
ratos. Como dissemos, M&M é uma história de contos de fadas, o que o
transforma em uma ótima maneira de apresentar o mundo dos boardgames para as
crianças.
- Joguinho infantil? Tô fora! Sou
velho para isso.

São seis personagens para jogar:
Príncipe Collin, a Curandeira Tilda, o Faz-tudo Nez, o Ladino Flich, o Mago
Maginus e a Arqueira Lilly. Mas cada aventura trás em sua descrição quais
heróis estarão disponíveis, pois conforme a história vai sendo contada, alguns
podem ainda não ter aparecido (Nota da Sra. Slovic: Como é o caso da Lilly no
primeiro capitulo. Ela só entra no segundo, e como personagem obrigatória) ou
estarem em outra parte, longe da narração principal.
- E como se joga? Com queijo e
ratoeiras?
Boa pergunta, cérebro de
Limburger. Cada personagem pode se mover e realizar outra ação de cinco
disponíveis (atacar, explorar, procurar, fugir e trocar). Algumas ações
necessitam uma jogada de dados (como andar, atacar e procurar). Os dados são
personalizados, com símbolos (espada, escudo, arco e queijo) em vez de só
números. Cada aventura é chamada de capítulo, que é dividido em páginas, que
varia de um para outro.
E como não poderia ser diferente,
em um jogo de ratos o queijo está presente. Ele serve tanto para alimentar as
habilidades especiais dos heróis como fazer se aproximar o fim do jogo. Há uma
roda no tabuleiro e certos eventos fazem um pedaço de queijo ser colocada nela.
Quando ela é completada (com seis pedaços) algo ruim acontece: novos
adversários entram em jogo e uma página é virada. E depois que todas as páginas
são viradas o jogo acaba com a derrota dos jogadores.
Voltando aos aspectos de RPG de
M&M, jogando o modo campanha é possível fazer os heróis subirem de nível,
ganhando novos equipamentos e habilidades. E voltando a falar de M&M para
crianças, além de estimular a cooperação, a narração e a leitura, um aspecto
positivo é que os heróis não morrem. Eles até podem ser capturados pelos
asseclas da rainha, mas nunca mortos. Igual a um conto de fadas.
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Terminamos por hoje. Como sempre,
esperamos que tenham gostado. Não deixe de acompanhar e curtir nossa Página no
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mais um Tá na Mesa!