Hanabi Tá na Mesa!


Kon-nichiwa, tomodachi. Demorou, mas chegou sua querida coluna de games com o casal gamer mais nipônico deste lado de cá. E para comemorar, uma salva de fogos de artifícios, porque Hanabi Tá na Mesa!
Hanabi, que em bom japonês significa Flor de Fogo e em bom português, Fogos de Artifício, é um jogo criado em 2010 por Antonie Bauza (Game Designer francês, autor de vários clássicos modernos, que vocês terão o prazer de ver em outras oportunidades) e lançado aqui no Brasil pela Galápagos em 2013.  É cooperativo de cartas...
- O que é jogo cooperativo?

É um jogo onde os jogadores cooperam entre si, aspirante a mestre do óbvio. Basicamente, é um jogo em que todos jogam junto contra o tabuleiro, ou seja, contra os obstáculos do jogo, tentando atingir um objetivo comum.

- E quem chegar primeiro no objetivo, ganha?

Não. Péééé! Campainha do Passa ou Repassa para você. Não há UM ganhador em jogos cooperativos. Ou todos ganham, ou todos perdem. E quem gostar de perder, não é? Então é hora de usar de raciocínio lógico, estratégia, cooperação e trabalho em grupo para que todos ganhem. O baralho é composto por cinco cores diferentes de cartas, numeradas de um a cinco em cada cor. O objetivo é baixar as cartas para formar uma linha na ordem crescente de cada cor. Cada jogador começa com quatro cartas, e aqui começa a grande inovação do jogo, você não vê as cartas da sua mão!

- E como que eu vou saber o que baixar ou descartar se não vejo nada? Como se joga isso?

Baka! Aí é que está a essência cooperativa do Hanabi: os outros jogadores é que vão alertá-lo sobre suas cartas. Na sua vez, o jogador tem 3 opções: descartar uma carta e conseguir uma dica extra; baixar uma carta na sequência que fica na mesa; ou usar uma dica e alertar um companheiro. A dica é uma cartinha azulzinha bonitinha, igual dos dois lados. São oito no total. Para indicar uma carta a outro jogador é preciso usar uma dica. E, para conseguir essa carta de dica, é preciso descartar algo da sua mão.

- E para que dica se o que eu tenho que fazer é baixar as sequências?

Ai, santa colaboração, Robin! E como você vai conseguir baixar as cartas corretas se os outros jogadores não lhe disserem que cartas você tem na mão? Você não as vê! E se você baixar uma carta errada, fora da sequencia... Bomba! (Nota da Sra Slovic: na verdade é um foguete, ou busca pé, enfim, um desses fogos de artifício que dão xabú com frequência) e com três dessa carta, o jogo acaba!

O jogo é bem desafiador e difícil. Não... Na verdade, difícil é comprar uma carta do monte sem virá-la para você, hehehe!! O ineditismo de não poder ver suas próprias cartas é um pouco traiçoeiro. (Dica do casal Slovic: deixe que outro jogador compre sua carta e lhe entregue na posição correta. Afinal, os outros podem ver; você, não).

Mas fora o lance de virar as cartas, o jogo é fácil. Fácil de entender, de jogar, mas não de ganhar. Nós já jogamos muitas vezes, acrescentamos diversas regras caseiras e nem assim vimos o belo espetáculo pirotécnico acontecer. Tem mais uma regrinha: ao avisar o jogador sobre as cartas, ou você fala a cor, ou o número. Nunca dizer “dois verde”, mas aponte com o dedo e diga, “essa é branca, essa também”, ou ainda “esse é cinco e aquele é cinco”. E não pode deixar passar batida uma informação - falou que é verde, tem que mostrar todas as cartas verdes que aquele jogador tem na mão. O mesmo vale para os números.

- Legal!!! Vamos jogar? Quais as regras caseiras que você usam?

Calma lá, menor aprendiz de Advogado de Regras. Não usamos, testamos. Ainda não chegamos a uma modificação que torne a brincadeira mais fácil. Já inventamos a dica “lixo” para alertar sobre quais são os descartes (que trarão cartas de dicas para a mesa), a dica de avisar uma cor ou número para todos os jogadores da mesa (exceto o que dá a dica). Ou seja, você indica as cartas azuis das mãos de todos os jogadores, ou indica os números três de todos que você visualiza.

E sinceramente, a graça do Hanabi não está em ganhar. O jogo é dinâmico. Guardar na memória tudo o que já te disseram é tenso, você acaba se confundindo. As cartas que viramos, sem querer, do lado certo (que no Hanabi é o lado errado), as dicas proibidas que escapam, as caretas durante o jogo, tudo isso gera muita risada. A graça é exatamente essa! E o jogo em si, é fácil, ou seja, não precisa ficar aquele silêncio e o povo rachando a cuca, pensando antes de jogar, é rápido e divertido. Agora, se você conseguir ganhar, por favor, nos avise!! E tire foto!! E filme!! E tire xerox!! Documente o raro feito!


Bom gamers, terminamos por hoje. Espero que a leitura tenha sido tão agradável quanto a escrita. Hanabi é um jogo inesquecível, assim como o nosso Tá na Mesa! E não deixem de curtir nossa página do Facebook: Tá na Mesa! Arigato gozaimasu.





Sayounara. 
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