Ok, vamos lá: Cima, Cima, Baixo, Baixo,
Esquerda, Direita, Esquerda, Direita, B, A, Start! Ready? Então, que o jogo
comece, pois Boss Monster Tá na Mesa!
Boss Monster é um Card Game
lançado em 2013 pela Brotherwise Games. De dois a quatro jogadores, com duração
média de 20 min, o jogo foi criado por Chris e Johnny O'Neal, dois aficionados
por vídeo games 8bits e jogos como os clássicos Contra, Double Dragon, Golden
Axe, Capitain Comando, Tartarugas Ninjas, Super Mario Bros. e muitos outros.
- 8 bits? Isso é coisa do meu avô!
Deve ser um lixo.
Não viaja na maionese, seu Paiero.
Consoles 8bits, como o saudoso Nintendinho (ou NES) e o Master System, eram o
top de linha nos anos 80. Apesar dos gráficos serem horríveis, se comparados
com os atuais, esse tipo de jogo chamado beat
'em ups. (Nota do Sr. Slovic: jogos focados no combate corpo a corpo contra
múltiplas ondas de inimigos. A trama gira em torno do combate ao crime ou na
vingança do protagonista, normalmente em cenários urbanos, embora também haja
jogos com temas fantasiosos e históricos), fizeram a diversão de uma geração
inteira de gamers, onde o objetivo era passar por várias fases até chegar no
Chefão Final (Nota do Sra. Slovic: Chamado também simplesmente The Boss, por
isso o nome do jogo). E o objetivo do Boss Monster é ser exatamente o The Boss,
construir masmorras (ou fases) e impedir que vis pessoas venham roubar seus
tesouros e destruir seus planos, os chamados heróis. A caixa lembra a embalagem
dos cartuchos do Phanton System, e as ilustrações das cartas são um show a parte:
todas, sem exceção, remete a algo dos jogos dos anos 80 ou da cultura pop Nerd
em geral.
Há três tipos de cartas:
Aposentos, que são as fases que cada jogador pode construir, onde estãs as armadilhas mortais para derrotar os heróis; Feitiços, que são
magias que podem beneficiar o jogador ou atrapalhar os adversários e; Heróis,
que são os chatos que podem machucar o Boss se vencerem sua masmorra. Se um
jogador recebe cinco pontos de dano dos heróis, é eliminado do jogo. Há também oito cartas de vilões, que representam a Fase final onde está o Boss (e suas habilidades)
Cada rodada é dividida em três
turnos: Construção, onde os jogadores podem baixar cartas para aumentar ou
modificar sua masmorra; Aposta, onde são revelados os heróis que vão entrar nas
masmorras e em qual cada um vai e; Aventura, onde os heróis avançam pelas fases querendo
destruir o Chefão. Cada herói é atraído por um tipo de tesouro, localizado nos
Aposentos. São quatro tipos: Armas para os Guerreiros, Tomos Arcanos para os
Magos, Dinheiro para os Ladinos e Itens Sagrados para os Clérigos (Nota da Sra.
Slovic: Sim, os heróis são baseados nos clássicos arquétipos do D&D. Cada
carta traz um pequeno histórico do personagem). Todos os heróis de uma mesma
classe entram na masmorra que tiver mais tesouros do seu tipo (se der empate,
eles ficam indecisos e não vão entram em nenhuma), por isso pode acontecer de
ninguém entrar na sua masmorra (ou todo mundo!). Ver o que os rivais estão
construindo é importante para planejar como fazer a sua.
- Cara que complicado. Não entendi
nada!
Deu Tilt, mané? Boss
Monster pode parecer complicado, mas no fim da primeira rodada as regras ficam
claras. Rapidamente você cria uma estratégia para construir, mas cuidado com
seu planejamento, pois a masmorra tem um tamanho máximo (cinco aposentos). Há
regras para construir Aposentos Avançados ou para destruir um já
construído, mas se não for feito de maneira certa, você pode afastar todos os
heróis de seu covil ou deixá-los enfraquecidos quando uma turba enfurecida ataca.
No geral, Boss Monster é um jogo
rápido e divertido. Para os que viveram os anos 80 e têm saudades dos clássicos
da Konami (Nota do Sr. Slovic: Alguém foi forte o suficiente e entendeu o
primeiro parágrafo?) e de outros beat 'em
ups, Boss Monster será hiper da hora! Os mais novos também vão gostar, mas
não terão o mesmo gostinho (Nota da Sra. Slovic: Procure um bom emulador e
aprecie os anos dourados dos videogames. E procure um Atari também!). E já está
disponível uma expansão: Tools of Heros-kind, que aumenta o poder os heróis,
além de trazer novos Aposentos e Feitiços.
Game Over! Para os que não
perderam suas 30 vidas para chegar no final, lembramos que a vingança nunca é
plena, mata a alma e envenena. Para os outros, lembrem-se que o que vale é a
experiência e que sempre é possível um novo Start! Até o próximo Tá na Mesa!