A aurora de um novo tempo surge no
horizonte. Um infindável mundo, preste a ser moldado, desafia aqueles que ousam
dominá-lo. Você, com a força dos deuses, sabe que seu destino é dominar tudo o
que sua vista alcança e além, porém sabe que não é o único. Junte seus melhores
guerreiros, estudiosos e engenheiros e prepare-se para a vitória, pois Deus Tá
na Mesa!
Deus, lançado em 2014 por
Sébastien Dujardin, está subindo rapidamente nas listas de grande jogos. De
dois a cinco jogadores, com duração média de uma hora, apresenta uma mecânica
interessante na construção de sua civilização e na interação com os deuses.
- Com Deus não se brinca!
Não, bastardo de Torquemada, não
se brinca, mas podemos jogá-lo! Como todo bom Euro, em Deus ganha quem
conseguir mais Pontos de Vitória (PV), obtidos através da construção de sua
civilização e da oferenda feita aos deuses. O jogo é rápido e dinâmico, já o
jogador só pode escolher uma ação entre duas possíveis: construir um edifício
ou realizar uma oferenda, usando para ambas ações as cartas em sua mão,
dinheiro e recursos (madeira, pedra, argila e trigo). No início da partida cada
jogador começa com cinco cartas de construção, um recurso de cada tipo, cinco
moedas e cinco PV.
O tabuleiro é modular e seu
tamanho depende do número de jogadores. O tabuleiro é dividido em várias áreas,
que correspondem a Florestas, Pântanos, Montanhas e Campos (cada um
proporcionando um tipo de recurso), além de Mares e Tribos Bárbaras (sendo que
uma forma de determinar o fim da partida é conquistando todas as tribos).
Cada deus está relacionado a um
aspecto da civilização (e a uma construção): Netuno – Comércio; Marte-
Exércitos; Ceres – Produção; Minerva – Ciências; Vesta – Comunidade e; Zeus –
Religião. Por isso cada oferenda é feita para conseguir algo relacionado a este
aspecto. Cada carta de produção está relacionada a uma divindade e representada
por uma cor. Deus tem uma ótima mecânica que relaciona cartas e meeples.
- E o que são meeples?
Uau, uma pergunta inteligente!
Meeple é o nome dado as peças usadas nos jogos. Conhecido antigamente no Brasil
como Peão. Em Euros é comum serem feitos de madeira, mas podem ser de plástico.
Em Deus eles representam os edifícios de cada jogador. Quando se baixa uma
carta de produção, coloca-se um prédio no tabuleiro geral. Quando se oferta aos
deuses, coloca-se um no tabuleiro individual. Se não houver determinado tipo de
construção no tabuleiro individual, não se pode baixar as cartas. Cada prédio
tem uma habilidade especial e um custo em recursos e/ou moedas.
O jogo termina em duas condições:
com a assimilação de todas as tribos bárbaras ou com a construção de todos os
Templos. Para assimilar uma tribo (e ganhar os PV dela), deve-se cercá-la com
construções de qualquer tipo, sendo uma obrigatoriamente militar. Se mais de um
jogador cercar uma tribo, vence aquele que tiver mais prédios militares em sua
volta. Já os templos são construídos pelas cartas de construção ligadas as
Zeus. O número de templos que podem ser construídos depende do número de
jogadores.
No geral, Deus é um jogo dinâmico
e rápido. Lembra muito Cyclades, mas não é um jogo de batalhas entre jogadores e sim de Controle de
Área. Neste requisito é bem parecido com Terra Mystica. Até arriscamos dizer
que Deus é uma boa mistura entre Terra Mystica e Cyclades. Se você gostou de
ambos, vai gostar deste aqui também (Nota do Casal Slovic: Mas Terra Mystica é
bem melhor!). Ele tem todos os ingredientes de um bom jogo de civilizações e
deve ganhar muitos prêmios. Foi muito bem cotado em Essen 2014 (Nota da Sra.
Slovic: A maior feira de bordgames do mundo. Fica na Alemanha). Apesar de ser
iconográfico, ele não é independente de idiomas. É fundamental entender os
textos das cartas de construção. Outro pequeno problema é dificuldade em se
obter recursos. Não é algo simples e interfere na estratégia. As vezes isso
pode frustrar alguns jogadores.
Caros amigos, terminamos por hoje.
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próximo Tá na Mesa!